Deficiências no pós-parto e queda capilar: ferritina, vitamina D, zinco e proteínas

Nem toda queda de cabelo no pós-parto é apenas hormônio. Muitas vezes, os fios são o primeiro sinal de que o corpo está pedindo nutrientes que ficaram em falta nessa fase.


Ferritina baixa, vitamina D insuficiente, zinco e proteína aquém do ideal podem prolongar a queda e fragilizar os fios. Neste texto, explico — com calma e clareza — como essas deficiências impactam o cabelo e quando faz sentido investigar com exames.

Sinais de alerta (procure avaliação médica):

  • Queda que persiste além de 9–12 meses.

  • Fadiga intensa, unhas quebradiças, pele seca.

  • Variação de peso, palpitações ou sintomas de tireoide.

  • Alimentação restrita ou dietas sem acompanhamento no pós-parto.

Dra. Carolina Borba • CRM-BA 15875
Atualização: 11/09/2025 • v1.0

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O fio começa no prato

Proteínas são a base do fio. Sem elas, não há matéria-prima para sustentar o crescimento. O ferro, especialmente na forma de ferritina, é quem leva oxigênio até a raiz do cabelo. Já o zinco atua como “faísca” de várias enzimas envolvidas no ciclo do fio. No pós-parto, quando o corpo ainda se recupera da gestação, essas reservas podem cair — e o cabelo denuncia primeiro.

A ansiedade amplifica a percepção da queda

Muitas mães relatam: “Sinto que estou ficando careca.” Nem sempre o volume perdido corresponde à intensidade do medo — mas a ansiedade amplifica a percepção. Privação de sono, estresse emocional e sobrecarga aumentam cortisol e pioram a saúde capilar. Cuidar do sono possível, acolher emoções e reduzir o estresse não são apenas recomendações gerais: são parte concreta do tratamento para a queda de cabelo no pós-parto.

Diagnóstico com critério

Em consulta, não peço exames em excesso. Avalio o que realmente muda a conduta:

  • Ferritina/ferro → níveis baixos se associam a queda difusa.

  • Vitamina D → comum estar abaixo do ideal, impactando cabelo e imunidade.

  • Zinco → essencial para o folículo.

  • Proteínas totais e albumina → refletem estado nutricional global.

👉 Para entender quando a tireoide merece atenção, leia: “Tireoide no pós-parto e queda de cabelo: quando desconfiar e como investigar”.

O que fazer na prática

  • Alimentação real: proteína em todas as refeições, ferro de carnes magras e leguminosas, sementes ricas em zinco.

  • Check-up direcionado: exames apenas quando a história aponta.

  • Reposição personalizada: nunca “vitamina genérica”, mas correção guiada pelo exame.

  • Sono e apoio emocional: parte essencial da recuperação.

  • Reavaliação em 60/90 dias: marcos claros para medir evolução sem ansiedade.

👉 Para comparar a linha do tempo típica da queda, veja: “Queda de cabelo pós-parto: até quando é normal?”.

Perguntas Frequentes

Qual ferritina mínima para o cabelo?

Valores abaixo de 50 ng/mL já se associam à queda difusa em muitas mulheres.

Sim, quando há deficiência comprovada, em doses seguras e supervisionadas.

Sim, pode contribuir. A reposição deve ser orientada por exame e fase clínica.

Pode ser útil em dietas restritas, mas priorizamos proteínas de alimentos integrais.

Com correção adequada e tempo, a tendência é de recuperação progressiva.

Fontes e evidências

  • Sociedade Brasileira de Dermatologia — eflúvio telógeno no pós-parto.

  • PubMed — ferritina baixa e alopecia difusa.

  • Journal of Endocrinology — vitamina D e função do folículo capilar.

  • Revisões sobre zinco e proteínas na saúde do fio.

Precisa de um check-up objetivo para entender seu caso? Agende sua avaliação em Salvador/BA — com calma, critério e segurança.

Se identifica com o que leu?

Cada fio que você perde é um sinal. Quanto antes entender a causa, mais cedo pode interromper a queda.

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Este conteúdo tem caráter educativo e informativo e não substitui a consulta médica individualizada.
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Dra. Carolina Borba • CRM-BA 15875
Médica, com experiência em saúde da pele e dos cabelos, especialmente em casos de queda capilar feminina e alterações dermatológicas no puerpério e lactação.

Conteúdo revisado periodicamente para garantir atualização científica e segurança.