Seu cabelo está caindo mais desde o parto? Respire. Você não está sozinha
Após o nascimento do bebê, é comum notar mais fios caindo. Isso costuma começar entre o 2º e o 4º mês e, na maioria dos casos, é temporário. Ainda assim, vale saber o que é esperado — e em que situações investigar com calma e segurança.
Sinais de alerta (procure avaliação médica):
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Queda intensa por >6–12 meses.
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Falhas localizadas/áreas de rarefação fora do padrão difuso.
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Coceira, dor ou descamação importante no couro cabeludo.
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Fadiga, pele seca, variação de peso, unhas frágeis (pistas de carências ou tireoide).
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Dúvida diagnóstica: eflúvio ou outra condição capilar?
Quer avaliar seu caso com calma? Atendo em Salvador/BA com foco em esclarecimento e acompanhamento.
O que é
Chamamos de eflúvio telógeno pós-parto a queda que ocorre quando, após a gestação, muitos fios entram ao mesmo tempo na fase de queda. A linha do tempo típica é:
Início: entre o 2º e o 4º mês pós-parto;
Pico: por algumas semanas;
Tendência à recuperação: ao longo de 6–12 meses.
Se você quer ir direto à linha do tempo, leia “Queda de cabelo pós-parto: até quando é normal?” .
Se suspeita de carências, veja “Deficiências no pós-parto e queda capilar: ferritina, vitamina D, zinco e proteínas”.Sei que, além dos fios, a autoestima também balança. Muitas mulheres relatam insegurança ao se olhar no espelho. Informação clara + acompanhamento reduzem a ansiedade e evitam gastos desnecessários.
Sintomas
– Comuns (esperados no eflúvio):
Queda difusa (geralmente sem falhas localizadas).
Aumento de fios no ralo/escova a partir do 2º–4º mês.
– Sinais de alerta (investigar):
Queda que persiste além de 9–12 meses.
Placas de rarefação ou falhas.
Coceira/dor/descamação importantes.
Sintomas sistêmicos (cansaço, pele seca, variação de peso).
Causas e fatores de risco
- Oscilações hormonais do puerpério.
- Nutrientes subótimos (ferro/ferritina, zinco, vitamina D, proteínas).
- Sono fragmentado e estresse.
- Tireoide pós-parto (pode oscilar em parte dos casos).
- Tração capilar (coques/apertos) e química frequente sem pausa.
Não é “frescura”. É comum sentir insegurança e dificuldade de se reconhecer no espelho. O papel da consulta é trazer previsibilidade.
Diagnóstico
A avaliação começa com história clínica, exame do couro cabeludo e, quando faz sentido, exames direcionados (ex.: ferro/ferritina, vitamina D, zinco, função tireoidiana).
Diagnóstico em Salvador/BA: quando procurar avaliação
Se a queda está intensa, dura além do esperado ou vem com sintomas sistêmicos, marque uma consulta. A ideia é diferenciar o que é fisiológico do que precisa de cuidado próximo — sem sustos e sem atropelos.
Já passei por consultas corridas e protocolos genéricos. Aqui vai ser diferente?
Clara Pimenta
Eu acredito em investigação antes de prescrição. Minha consulta é estruturada para que você saia entendendo o que vimos e quais serão os próximos passos.
Sem “pacotes”, sem promessas irreais.
Como conduzo a avaliação
- Escuta clínica: início, evolução e contexto (gestação, sono, alimentação, amamentação, rotina).
- Exame do couro cabeludo e documentação clínica, quando indicado.
- Exames laboratoriais apenas quando fazem sentido na sua história (ex.: ferro/ferritina, vitamina D, zinco, tireoide).
- Plano individual: orientações seguras para sua fase, com passos realistas.
- Acompanhamento: combinamos um cronograma de reavaliação (ex.: 60/90 dias) para comparar e ajustar.
Você não recebe uma “receita padrão”. Recebe um plano compreensível, com o que observar em casa e quando retornamos para medir evolução.
Tratamento
O que costuma ser seguro no pós-parto:
Organização do sono possível, hidratação e alimentação rica em proteínas e ferro.
Rotina capilar gentil (menos tração/calor, intervalos entre procedimentos).
Educação sobre marcos de reavaliação em 60/90 dias
O que observar em casa (monitoramento simples):
Fotos quinzenais da risca central e das têmporas, sempre na mesma luz.
Anotações semanais da percepção de queda (escova/banho).
Compararemos nos retornos de 60/90 dias.
O que depende de avaliação médica:
Reposição de nutrientes (se indicada pelos exames).
Manejo de tireoide.
Discussão individualizada de produtos e procedimentos compatíveis com amamentação.
Aviso: condutas são individualizadas e priorizam a segurança da mãe e do bebê. A proposta não é empilhar vitaminas, e sim descobrir o que seu corpo precisa.
Prevenção / Estilo de vida
Proteína adequada em todas as refeições; ferro, zinco e vitamina D sob orientação.
Rede de apoio para reduzir sobrecarga e melhorar o descanso.
Gentileza com o cabelo (evitar tração/química frequente).
Perfeição não é a meta no puerpério — consistência possível é.
É calvície?
Na maioria dos casos pós-parto, falamos de eflúvio telógeno, que é difuso e temporário. Se houver falhas localizadas ou outros sinais, investigamos.
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Quanto tempo dura?
Muitas mulheres melhoram ao longo de meses, com tendência de recuperação em 6–12 meses. Se a queda persiste, vale avaliar causas associadas.
Amamentando, posso tratar?
Sim, mas toda conduta precisa ser avaliada individualmente e sempre considerar a segurança da mãe e do bebê. Algumas medidas de cuidado (como orientações nutricionais, ajustes de rotina e suporte emocional) podem ser iniciadas com tranquilidade. Já o uso de suplementos ou medicamentos deve ser avaliado caso a caso, de acordo com a história clínica e o acompanhamento médico.
Quais exames pedir?
São definidos caso a caso, a partir da sua história e exame físico. Em algumas situações, ferro/ferritina, vitamina D, zinco e tireoide ajudam a esclarecer o cenário.
Meu cabelo vai voltar como era?
Muitas mulheres recuperam bem o volume com o tempo. Resultados variam entre pessoas; por isso acompanhamos com marcos objetivos.
Cuidar da queda de cabelo no pós-parto envolve entender o que é esperado e quando investigar além do “normal”. Muitas vezes, só de ter clareza já se sente um alívio.
Para quem deseja esse acompanhamento com calma e olhar individualizado, os atendimentos acontecem em Salvador/BA, sempre com foco em informação clara e em um plano seguro para cada fase.
Fontes e evidências
Sociedade Brasileira de Dermatologia — Eflúvio telógeno (pós-parto).
American Academy of Dermatology (AAD) — Postpartum hair loss.
Johns Hopkins Medicine — Postpartum endocrine changes.
Revisões clínicas recentes sobre ferro/ferritina, zinco, vitamina D e tireoidite pós-parto.